junho 24, 2005

medo

a gente sempre tem medo de alguma coisa nova. medo do desconhecido, do que está por vir, do que vai acontecer, do que vai ser de nossa vida depois que tal decisão for tomada. é natural, a incerteza sempre está presente em nossas vidas, por um lado nos restringindo, por outro nos impelindo à frente.

primeira semana no novo emprego. bem corrido, ainda não muito familiarizado com o que devo fazer, nem com o que esperam de mim, mas foi uma semana boa. se na área anterior o cerne envolvia mais a análise intrínseca e sintética, agora ando aprimorando o que é exterior e analítico, sem perder os primeiros citados. o que é bom, mas também assustador um pouco. as coisas vão se ajeitando, assim espero.

Petrópolis é um bela cidade, os casarões, a arquitetura urbana planejada, o museu imperial, a catedral, os habitantes. foi uma ótima viagem, devo dizer! ainda não tive tempo de editar as fotos, mas espero fazê-lo neste fim de semana para colocá-las no ar!

foi bom para respirar novos ares e parar para pensar um bocadinho. sair da rotina e avneturar-me num novo ambiente. nem pensei tanto assim, mas quando voltei comecei a refletir sobre algumas coisas. coisas como a que segue.

a coisa funciona assim. eu tenho meus problemas, mas não os considero grandes o suficiente para querer ou precisar dividi-los com outras pessoas, sejam parentes ou amigos. sei lá porquê. talvez eu veja que o mundo é grande (azul, redondo e injusto) e que está cheio de problemas (basta ver os noticiários na tevê, ler os jornais ou as revistas semanais) que não vejo porque alguém mais deveria se preocupar com o que se passa comigo além de mim mesmo, e afinal sou eu quem tem que achar uma solução para os mesmos. bem egoísta, eu sei (podia pedir ajuda, sempre há quem esteja disposto). porque eu estou num momento em que o que vejo são caminhos abertos a minha frente, que não chegam a ser rodovias (que fique claro), mas que me são perfeitamente plausíveis porque são caminhos que sei que tenho condições de seguir. escrevi antes que os passos que dei no passado me trouxeram até onde estou. pois os passos em que vacilei me trouxeram complicações, mas, e acredito que seja o mais importante, tais vacilos me deram também o senso de meus limites, sejam defeitos, sejam qualidades. inclusive o senso de saber para qual caminho seguir agora. e no momento também acredito que os passos que dou hoje vão me ensinar muito, do mesmo modo que no passado, mas agora tenho consciência disso, o que já é um avanço. o que me falta é vencer certas barreiras que criei para mim mesmo e que me impedem de vencer certos medos, mas nisso vou trabalhando e tentando melhorar. uma destas barreiras é a que se refere exatamente ao início deste (longo) parágrafo, meus problemas. não tenho e nunca tive o hábito, mas as pessoas gostam de falar a respeito, ouvir a opinião de outras pessoas a respeito, especialmente daquelas em que elas confiam. eu ouço e tento ajudar naquilo que me é possível, mesmo porquê não tenho tantas experiências de vida assim e me falta ainda muito bom senso. mas eu já parto do princípio de que a própria pessoa tem que pensar num jeito de solucionar seu problema, porque é assim que eu ajo com os meus. sim, é aquela velha história de refletir no outro aquilo que você acha certo pra você e que você faria se estivesse no lugar dela. e o que percebo é que não ando dando a devida atenção para um fato simples, de que as pessoas são diferentes. quero dizer, tenho consciência disso mas não coloco como princípio. porque normalmente se pensa o que eu faria se estivesse no lugar de tal pessoa, acredito eu. mas eu não sou tal pessoa, eu sou eu e ela (a pessoa) é ela.

enfim, escrevi demais e nem sei se me fiz claro, como sempre acontece.

hoje no almoço com amigos do trabalho, ouvi um frase interessante: "o pior momento ainda está por vir". não é que seja pessimista ou coisa do tipo, simplesmente quer dizer que aquilo que você está sofrendo hoje com certeza não é o fim do mundo e nem será a última vez que você irá sofrer na vida. que talvez não seja realmente tão ruim quanto se apresenta, ou quanto você acha que é. para refletir =)

té mais!

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