julho 09, 2007

Álbum de Fotos - Lisboa

Saindo quetinho do forno a primeira leva de fotos da minha viagem! =) êêêêê!!! rs

Lisboa foi a primeira parada em terras européias. A saída estava programada para as 17h, mas atrasou uma hora (e foi 'apenas' uma hora! quase dormi no saguão depois do duty free! rs mas é duro achar que foi pouco, afinal dada a situação do transporte aéreo, tive sorte!). Depois de um vôo super cansativo de pouco mais de oito horas (ainda bem que nem me lembrei que a volta seria de quase dez horas...!), cheguei às 7h da manhã e veio a primeira grande preocupação: a passagem pela imigração. Ao contrário do que eu imaginava foi bem tranqüilo, o funcionário fez perguntas simples, pediu para ver a passagem de volta, questionou quanto eu levava em dinheiro etc.

Primeiro grande medo: como a fila da imigração era grande, afinal vários vôos haviam chegado naquele horário, demorei um bocado para chegar às esteiras de bagagens. A do meu vôo já estava inclusive parada, com algumas malas esperando seus donos aparecerem. Dei uma volta inteira e não encontrei a minha. Será?? Olhei de novo e nada. Já estava pronto para ir ao balcão de extravios quando reconheci a alça da mochila - estava virada de lado e com outra mala encostada nela. Como eu não a havia visto eu não sei, mas enfim, sigamos em frente! =)

Saí para o saguão e fui diretamente ao posto de informações turísticas. Pedi um mapa da cidade e procurei um táxi para me levar ao albergue. Tive uma ótima conversa com o taxista, sobre o tráfego da cidade, a falta de áreas verdes, o aumento de auto-carros(!) em detrimento do transporte público (alguma semelhança com São Paulo?). Notei que as placas com os nomes das ruas ficam nas paredes dos edifícios de esquina, de uma pedra branca e com as letras entalhadas, o que dificulta a leitura.

Para os três dias na cidade eu havia reservado uma cama no Pousadas de Juventude Lisboa, da rede HI. Se puderem, evitem ficar lá. Não pela limpeza ou pelo barulho ou mesmo por segurança. Quanto a isto não tive queixas, nem quanto ao café da manhã, nada mal. O problema mesmo foi a má vontade do staff em ajudar um viajante. Check-in a partir das 17h (como em hotéis da cidade, mas estamos falando de um albergue aqui), total desatenção a quem chega na recepção (ter que chamar a atenção é demais!), e uma área comum sem mesas, só cadeiras daquelas de saguão de aeroporto, grudadas umas nas outras. Perguntei se podia usar as do refeitório, mas a resposta foi negativa, e era um espaço enorme! Detestei.

Deixei as mochilas no albergue e saí para passear pela cidade. Acabei esquecendo minha câmera, o que me fez rodar pelos mesmos lugares no dia seguinte para bater algumas fotos! rs Andei pelos bairros da Baixa, do Róssio, no Centro fui até a praça do Comércio, voltei até o parque Eduardo VII, caminhei em direção ao Bairro Alto, ao Chiado e desci até a Estrela, estes três últimos a leste do Centro. Tanto no primeiro quanto no segundo dia, afinal tinha esquecido a câmera! rs

No segundo dia também fui visitar o bairro da Alfama, a oeste do Centro. Primeiro fui até a estação Sta. Apolônia, de onde partem os trens para Madrid, afinal precisava validar o bilhete de trem que comprei, além de fazer a reserva de uma cama no trem noturno do dia seguinte! Problemas com a capinha do bilhete, que era azul e que o funcionário me disse que não era válida faziam dois anos. Nada de errado com o bilhete em si, que era válido, mas saí de lá duas horas depois após confirmarem os dados do bilhete, com uma capinha nova laranja e com a reserva feita para Madrid. Fui visitar a catedral da Sé de Lisboa, a primeira igreja que visitei em minha viagem! No claustro há um sítio arqueológico ainda em estudo, onde foram encontrados vestígios de época romana e visigótica. Finalmente subi para o bairro da Alfama com suas ruazinhas típicas, de pedestres e com várias escadarias. No miradouro de Sta. Luzia, na parte alta do bairro, tive uma vista do imenso rio Tejo!

Dali já emendei em direção ao castelo de São Jorge, construído como proteção da cidade de Lisboa contra ataques inimigos. De lá tem-se uma vista privilegiada da cidade! E o castelo em si também impressiona, com suas muralhas e torres que abrigavam soldados e sentinelas, além dos canhões! Depois fui para o bairro de Belém, que é mais afastado a leste, pegando um ônibus. Desci próximo ao Museu do Coche, aquelas carruagens utilizadas em séculos passados (XVIII e XIX, em geral), movidas por cavalos. Neste museu, além de exemplares utilizados pela família real portuguesa (um até foi utilizado 'recentemente' pela rainha da Inglaterra em sua visita a Lisboa), havia diversas pinturas de retratos dos mais diversos membros da família real, incluindo aí nosso querido D. Pedro I, que lá é conhecido como D. Pedro IV!

Caminhei pela avenida a beira-mar, passeando em frente ao mosteiro dos Jerônimos, ao museu de Arqueologia e ao museu da Marinha, todos já fechados a visitação pois já passava das 18h30. Caminhei até a Torre de Belém, um farol antigo que ficava no meio do rio Tejo para indicar aos navegantes a direção da foz, mas que hoje encontra-se ligada ao continente pois o rio veio recuando suas águas ao passar dos anos. Por conta disto foi construído um passeio que ligou a tal torre ao continente, e neste passeio encontram-se algumas marinas e alguns monumentos, como o Padrão dos Descobrimentos, retratando os diversos navegantes portugueses, como Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral e outros, e o monumento de um hidroavião, réplica do que foi utilizado na primeira travessia aérea entre Portugal e Brasil!

No fim do dia fui até o 'El Corte Inglês', loja de departamentos gigantesca, fiz compras no supermercado e aproveitei para ir no cinema UCI que havia no subsolo. Assisti ao "Homem-Aranha 3", como legendas na língua dos patrícios, engraçadíssimo! =) Como a língua se adapta ao lugar, não é mesmo? Quase parece que o nosso português é uma língua diferente do português de lá! E o medo de andar de madrugada pelas ruas de Lisboa ao final da sessão de cinema? Não tinha ninguém na rua! Ninguém mesmo! Andei o mais precavido possível, mas cheguei no albergue sem problemas!

No terceiro dia arrumei minhas coisas e deixei o albergue, pois o check-out era até as 10h, se não me engano. Fui para a estação de trem e deixei minha mochila num dos lockers, um desses armários com trava, e saí para caminhar um pouco mais pela cidade. Andei pelas ruas ao redor da Augusta, utilizei a internet numa lojinha na parte baixa do bairro da Alfama, visite o museu do Fado ali em frente e, por fim, aguardei dar o horário do trem para Madrid!

Fora aquele ônibus para Belém e duas corridas de táxi, do aeroporto para o albergue e do albergue para a estação. o restante foi feito a pé. Como andei nestes primeiros três dias de viagem! rs E só estava começando!

Na próxima, Madrid e Toledo! =)

té mais!

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