setembro 03, 2006

post #400 (segundo contagem do próprio blogger)

vou até o olhar o histórico, mas se não me engano comecei este blog em 12/ago/2001, o que significa que fazem cinco anos de blog já (e eu perdi a data, caso não tenham percebido, e a chance de comemorar tal marca), e com este chegamos a 400 posts neste espaço, média de 80 a cada 12 meses, ou ainda uma impressionante média de seis posts por mês, o que me mostra que eu escrevia muito por aqui no começo.

aí a gente pára pra pensar nesse tempo que passou, neste blog que tem sido fiel companheiro nos últimos cinco anos, fazendo as vezes de diário, muro de lamentações ou ainda (e mais efetivamente) de auto-afirmação de desejos e sonhos que espero concretizar. não todos, claro, mas só os realizáveis a curto prazo, que os demais precisam de outras formas de serem 'lidas' para serem alcançadas.

que eu leio isso aqui de vez em quando. assim como meus leitores, poderia dizer, mas diferente deles, pois que entro nos arquivos para reler o que me passou em algum momento específico ou apenas para passar o tempo e relembrar coisas boas e ruins que aconteceram comigo nestes cinco anos.

as amizades, peguemos como exemplo. conheci algumas pessoas por meio deste espaço, espalhadas pelo país, nordeste, sudeste, sul. e hoje praticamente não converso com mais ninguém dessas pessoas que um dia fizeram parte da minha vida, ainda que online. falando das amizades que fiz a partir do blog, que por outro lado, por este mesmo espaço tenho mantido contato com amigos que tinha na internet antes de criá-lo e que vêm aqui de vez em quando para ter notícias minhas.

e os assuntos são sempre os mais variados, motivos os mais variados, temas os mais variados. engraçada a questão de escrever bem menos hoje do que no começo, afinal eu ainda estava na faculdade e desde aquela época trabalhava na empresa em que estou até hoje, o que significa que hoje tenho bem mais tempo para escrever aqui do que naquela época. mas eu mudei, as motivações mudaram e o que me fazia sentar nesta mesma escrivaninha para escrever no computador certamente não é o mesmo de hoje.

a gente sempre tem um momento na vida em que acredita que as pessoas não mudam, que são seres imutáveis e que irão carregar suas características tais como as conhecemos para todo o sempre. por isso que sempre ouvimos falar de pessoas que surpreendem ao reencontrar velhos amigos com quem não tinham contato ou conhecidos que deixaram certa impressão em nós e que voltam a nos encontrar totalmente diferente daquilo que guardáramos na memória do(s) encontro(s) anterior(es). basta olhar para nós mesmos para saber que aquela afirmação primeira não é verdadeira, pelo menos não completamente.

hoje, por exemplo, tenho medo de encontrar meus amigos do colégio. porque tenho para mim que eles me consideravam o gênio da sala (ou o tolo, para alguns) e que seria o mais bem sucedido dentre aqueles que estavam naquela turma. estranho pensar nisso agora sob este prisma novo. o medo que tenho é na verdade fruto do 'gap' ou da diferença que vejo entre o que sou hoje e aquilo que imagino que meus amigos daquela época podiam imaginar para mim, que eu nem sei como definir o que seria. certamente que atingi muitos objetivos que tracei, que fiz muita coisa que queria ter feito, que me encontrei na vida bem mais do que naquela época, mas ainda assim não saberia o que dizer para nenhum deles caso os encontrasse frente a frente. talvez agora até saiba, mas o fato é que minha visão do mundo mudou, e a deles pode ter mudado também, não? o que torna o reencontro apenas uma aproximação de pessoas que se conheceram no passado e que percorreram diferentes caminhos e se desenvolveram, amadureceram e cresceram pessoal e profissionalmente nos últimos anos de formas distintas.

o que eu acredito que estou tentando afirmar para mim mesmo é que não tenho que ter vergonha, mas não a vergonha de quem não quer nem mostrar ou prefere até esconder aquilo que fez ou faz para quem os outros não saibam, mas aquela vergonha tímida, de besta que acha que o que fez não foi nada importante e que não faz diferença para ninguém. fez e faz para mim, e é isso que importa no fim das contas, é certo, e se o velho amigo sentir o meu entusiasmo irá ficar feliz por mim, eu espero. se não, paciência e 'até logo'. ;-)

mas voltando aos amigos que fiz a partir do blog. é meio complicado, porque a relação não chegou a ser de amizade, se é que há uma definição formal para ela (além da do dicionário), visto que, no meu caso, a maioria das relações deu-se por meio de comentários nos blogs, sejam meus nos deles, sejam deles no meu blog. no máximo, passaram para a fase da troca de email's e/ou conversas pelo icq/msn. e como comecei a usar estes dois meios de comunicação de forma mais moderada desde que saí da faculdade, por 'n' razões como a falta de necessidade de estar online a todo momento para encontrar os amigos da faculdade para discutir provas, estudos, trabalhos etc, ou a perda da internet rápida em 2004, ou x ou y e por aí vai, tais amizades entraram em hibernação, o que não chega a ser uma idéia muito longe da atual realidade.

o que é uma pena, eu diria. aprendi muita coisa por meio dos amigos que fiz por aqui, espero ter retribuído da mesma forma, mas preferia ter continuado tais amizades e que até tivessem evoluído para o mundo real. não foi o que aconteceu. culpa minha ou culpa deles (mais minha, eu acho), não importa agora. é fato. e por mais que tenha o email, ou saiba o dia do aniversário, é difícil encontrar um link que permita retomar as velhas conversas, mas vou me esforçar e quem sabe algumas dessas amizades online não renascem a partir de agora. =)

té mais!

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